Membros da diáspora Palestina, apoiados por ativistas locais, durante a manifestação “Stop Genocide Now” (Pare o genocídio agora), marchando pelo centro de Edmonton, em 14 de abril de 2024, em Edmonton, Alberta, Canadá. (Foto: Artur Widak/NurPhoto)
As universidades Israelenses sofreram um aumento significativo de boicotes acadêmicos nos últimos meses, de acordo com uma análise da Força-Tarefa da Associação de Diretores de Universidades para Combater Boicotes Acadêmicos.
Especificamente, “cerca de 500 incidentes de boicotes acadêmicos foram relatados durante o último semestre até fevereiro de 2025, 66% a mais do que nos seis meses após o início da guerra em 7 de outubro de 2023”, informou o The Times of Israel.
Os boicotes, embora às vezes sejam realizados sob pressão dos estudantes, são decisões tomadas pelas próprias instituições, incluindo o corte de laços entre universidades e o cancelamento de eventos de palestras de acadêmicos Israelenses.
Em entrevista ao The Times of Israel, o chefe da força-tarefa, Emmanuel Nahshon, disse que as universidades Israelenses precisam aumentar seus esforços para enfrentar e combater a frequência cada vez maior desses boicotes.
“Nossa principal conclusão após esse relatório é que esses boicotes não vão parar tão cedo e provavelmente continuarão nos próximos anos”, disse Nahshon. “Israel precisa aprender a se adaptar a essa situação e desenvolver ferramentas melhores para lidar com ela.”
Ele acrescentou que “aqueles que estão tentando destruir Israel sabem que nossas universidades precisam interagir com o mundo acadêmico mais amplo e veem isso como um ponto fraco”.
O Presidente da Universidade Ben-Gurion, Daniel Haimowitz, também se manifestou contra os boicotes, dizendo que “os boicotes acadêmicos violam os princípios básicos da liberdade acadêmica e da liberdade de pesquisa científica”.
O relatório da força-tarefa observou que os maiores números de boicotes vieram dos Estados Unidos, Bélgica, Espanha, Inglaterra, Holanda, Itália e Canadá.