(Foto: Captura de tela do vídeo do Hamas, com permissão da família)
A organização terrorista Hamas divulgou nesta noite (sábado) um sinal de vida do refém Americano- Israelense Edan Alexander. 59 Israelenses ainda estão sendo mantidos em cativeiro em Gaza - já se passaram 554 dias.
A família de Edan Alexander respondeu à divulgação do vídeo, dizendo:
“Enquanto começamos nossa noite de feriado nos EUA, a família em Israel está se preparando para o Shabat ao redor da mesa do Seder. Nosso Edan, um soldado solitário que imigrou para Israel e se alistou na Brigada Golani para proteger o país e seus cidadãos, ainda está sendo mantido em cativeiro pelo Hamas. Portanto, ao sentar-se para comemorar o Pessach (Páscoa), lembre-se de que este não é realmente um Festival da Liberdade enquanto Edan e os outros 58 reféns ainda não estiverem em casa.”
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu conversou esta noite com Yael e Adi, os pais de Edan Alexander, após a divulgação do vídeo do Hamas. Netanyahu disse à família que compartilha de sua dor e os informou que “neste exato momento, um tremendo esforço está em andamento para trazer de volta Edan e todos os reféns”.
Em novembro passado, o Hamas divulgou um vídeo de Edan que sua família aprovou para publicação. Nele, ele mencionou o número de dias em que esteve em cativeiro e se dirigiu ao Presidente dos EUA, Donald Trump, como um cidadão Americano. Alexander é o único soldado Golani sequestrado por terroristas do Hamas. O local de seu sequestro é conhecido como “O Posto Avançado da Casa Branca”, não muito longe de Nirim e Nir Oz.
Negociações dos EUA para a libertação de Edan Alexander
O New York Times divulgou há dois dias novos detalhes sobre as negociações diretas entre os EUA e o Hamas para a libertação de Alexander, que tem cidadania Americana. De acordo com a reportagem, as partes se reuniram três vezes, durante as quais a organização terrorista exigiu a libertação de 250 prisioneiros em troca de Alexander.
Adam Boehler, o ex-enviado dos EUA para assuntos de reféns que foi demitido depois que foi revelado que ele mantinha conversações diretas com o Hamas, reuniu-se com representantes do Hamas no Qatar, para negociar a libertação de Alexander, com o objetivo de permitir que o Presidente Donald Trump anunciasse o acordo publicamente em um discurso ao Congresso.
De acordo com o relatório, o Ministro Israelense Ron Dermer, responsável pelas negociações de reféns, ficou furioso com Boehler por não ter informado a Israel que ele estava conduzindo conversações diretas com o Hamas. Além disso, Israel impediu outra reunião que Boehler havia planejado em Doha.
O New York Times afirmou que quatro fontes familiarizadas com o assunto disseram que o Hamas inicialmente exigiu a libertação de 500 prisioneiros em troca de Alexander, mas depois ofereceu um "gesto" para economizar tempo e concordou com 250 prisioneiros, incluindo 100 que cumpriam penas de prisão perpétua. O principal negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, acreditava que os EUA poderiam “pressionar Israel” a concordar com o acordo.
A última reunião entre as partes ocorreu em 5 de março, durante a qual os representantes dos EUA perceberam que sua proposta não era viável. Eles concordaram com a libertação de 100 prisioneiros em troca de Alexander, sem a garantia de que a lista incluiria aqueles que cumprem penas de prisão perpétua. As fontes acrescentaram que a proposta também incluía a libertação de mulheres e crianças Palestinas em troca da retomada da ajuda a Gaza.
Vídeos anteriores de reféns
Há uma semana, o Hamas publicou imagens de dois reféns, Maxim Herkin e Bar Kuperstein. Essa foi a primeira prova visual da vida de ambos desde que foram sequestrados no festival de música Nova, em Re'im, em 7 de outubro. As famílias não aprovaram a divulgação do vídeo ou de quaisquer clipes ou imagens dele.
A família de Herkin identificou sua voz mesmo no “teaser” borrado que o Hamas havia divulgado anteriormente. O Coordenador de Israel para os Desaparecidos e Cativos, Gal Hirsch, conversou com as famílias de Herkin e Kuperstein após a divulgação do vídeo.
No final de março, o Hamas publicou outro vídeo do refém Elkana Bohot, apenas alguns dias depois de um vídeo anterior que o mostrava ao lado do refém Yosef Chaim Ohana.
No primeiro vídeo divulgado de Elkana e Yosef Chaim, os dois pediram ajuda a Ohad Ben Ami, que esteve com eles em cativeiro por algum tempo. Em resposta, Ohad publicou uma postagem pedindo o resgate deles:
"Meus queridos amigos que permanecem no cativeiro do Hamas, amo e sinto sua falta e a dos outros três reféns cujos nomes ainda não posso mencionar. Como escrevi há seis dias, eles realmente temem por suas vidas. Eles não têm esperança e, neste exato momento, suas condições estão piorando - suas rações de comida estão sendo reduzidas desde que retomamos os combates”, escreveu Ben Ami.
