O Embaixador de Israel, Danny Danon, discursa na reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação em Gaza, na sede da ONU em Nova York, em 18 de novembro de 2024. (Foto: REUTERS/Brendan McDermid)
Israel prendeu a respiração no sábado, quando mais três reféns foram libertados, mas, desta vez, as imagens que surgiram foram angustiantes. Eli Sharabi (52), Or Levy (34) e Ohad Ben Ami (56) foram devolvidos em uma condição que evocava lembranças de sobreviventes do Holocausto, e seus corpos debilitados chocaram o mundo.
As imagens nítidas de seu sofrimento provocaram indignação global e um suspiro coletivo.
Em resposta, o Embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, pediu com urgência a libertação imediata de todos os reféns restantes em Gaza, enviando uma carta formal ao Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres.
Danon lembrou a Guterres que os reféns capturados pelo Hamas estavam “torturados, famintos, magros, traumatizados, exaustos e sofrendo”, acrescentando que eles também eram “vítimas de um espetáculo brutal e cínico orquestrado pelo Hamas”.
Apenas Ben Ami poderá voltar para casa e para sua esposa; os outros dois homens perderam suas esposas no terrível massacre que ocorreu quando militantes do Hamas e civis que os acompanhavam os tiraram à força de suas casas nos kibutzim e os sequestraram para dentro de Gaza.
A história de Sharabi repercutiu profundamente entre os espectadores quando foi revelado que ele não sabia que sua esposa e filhas haviam sido assassinadas em 7 de outubro. O Hamas sabia disso e o fez falar em seu palco criado por eles mesmos, declarando que ele estava “muito feliz hoje por voltar para... minha esposa e minhas filhas”, mesmo sabendo que ele nunca mais as veria. Para aumentar seu sofrimento, o Hamas também matou seu cachorro e queimou sua casa.
Em sua carta, Danon lembrou a Guterres que os três homens “foram mantidos em isolamento, sem qualquer contato com suas famílias e sem visitas humanitárias da Cruz Vermelha - uma violação flagrante do direito internacional humanitário”.
Ele também condenou a falsa narrativa que está sendo divulgada para a comunidade internacional, chamando-a de “propaganda falsa sobre a chamada fome em Gaza”. Ele ressaltou que, enquanto a multidão de terroristas do Hamas e os espectadores civis que cercavam os reféns Israelenses pareciam estar bem alimentados, os três homens “sozinhos apresentam os sinais inconfundíveis de fome”.
Danon, declarando que o Hamas “cometeu crimes contra a humanidade”, concluiu seu apelo a Guterres com uma declaração final: “O mundo agora viu a brutalidade em primeira mão. O silêncio não é mais uma opção”.