Vista da cerca da fronteira entre Jerusalém e o território Palestino na Judeia, perto de Beit Jala, 16 de fevereiro. 2025. (Foto: Wisam Hashlamoun/Flash90)
Líderes Cristãos anunciarão uma resolução endossando a soberania Israelense sobre a Judeia e Samaria na Convenção Internacional de Mídia Cristã da National Religious Broadcasters (NRB) na próxima semana em Dallas, Texas.
A American Christian Leaders for Israel (ACLI) realizará uma coletiva de imprensa no evento para apresentar a resolução, que foi assinada por mais de 3.000 pastores Cristãos e líderes de organizações de todos os Estados Unidos. A resolução está programada para ser entregue ao Presidente dos EUA, Donald Trump, antes de sua declaração antecipada, nas próximas semanas, sobre a Judeia e Samaria, internacionalmente conhecida como Cisjordânia.
A ACLI e a NRB, defensoras da “verdade bíblica” e da soberania Israelense, veem a resolução como uma forma de fortalecer o apoio Cristão a Israel em meio às discussões em andamento sobre o status do território.
Durante uma coletiva de imprensa em Washington com o Primeiro-Ministro Israelense Benjamin Netanyahu no início deste mês, Trump disse que “faria um anúncio, em cerca de quatro semanas, sobre a anexação da Cisjordânia por Israel”.
Logo após a partida de Netanyahu, Trump se reuniu com o Rei Abdullah II da Jordânia. Quando perguntado pelos repórteres sobre sua posição sobre a questão, ele respondeu: “Isso vai funcionar muito bem... vai funcionar automaticamente”.
A resolução da ACLI afirma a importância da soberania Judaica sobre a região.
Enquanto a resolução afirma os “direitos inalienáveis do povo judeu ao coração bíblico de Israel”, ela “rejeita todos os esforços - tanto dos Estados Unidos quanto da comunidade internacional - para pressionar o povo judeu a abrir mão de sua terra natal ancestral na Judeia e Samaria”.
Ela também enfatiza os benefícios da presença Judaica na região, observando as contribuições para a liberdade religiosa, a preservação de locais históricos e a melhoria das condições de vida para todos os residentes.
A Dra. Susan Michael, diretora da ACLI e presidente da filial americana da International Christian Embassy Jerusalem (ICEJ-USA), acrescentou: “Essa resolução é uma afirmação crucial da conexão inegável do povo Judeu com o coração bíblico. Em um momento em que a soberania de Israel está sob ataque implacável, é vital que nos mantenhamos firmes no reconhecimento dos direitos históricos, legais e morais dos Israelenses à sua terra natal ancestral. Qualquer decisão que envolva o destino da Judeia e Samaria deve ser tomada por Israel, sem pressão dos EUA ou da comunidade internacional.”
Josh Reinstein, presidente da Israel Allies Foundation, disse: “Aonde quer que eu vá, os Cristãos que acreditam na Bíblia estão falando sobre a possibilidade real da soberania Israelense na Judeia e Samaria”, e acrescentou que “muitos Cristãos acreditam que podem estar testemunhando o cumprimento da profecia bíblica mais uma vez”.
Durante o primeiro mandato de Trump, ele considerou apoiar a anexação, um movimento fortemente influenciado pelo então embaixador dos EUA em Israel, David Friedman. No entanto, quando o plano estava prestes a avançar, ele foi suspenso como parte de um acordo de normalização com os Emirados Árabes Unidos, mais tarde conhecido como Acordos de Abraão. Esse acordo incluiu uma pausa de três anos nas discussões sobre anexação - um período que já expirou.
O plano de paz original de Trump para o Oriente Médio, conhecido como o “Acordo do Século”, apoiava a anexação de até 40% da Área C a Israel.
A Área C já está sob total controle Israelense e compreende cerca de 60% da extensão de terra conhecida internacionalmente como Cisjordânia. Ela inclui assentamentos Israelenses, áreas estratégicas e grande parte das terras livres na região.
