Forças de segurança Israelenses vigiam a prisão de Ofer, nos arredores de Jerusalém, de onde os condenados por terrorismo Palestinos serão libertados como parte de um acordo de reféns entre Israel e o Hamas. Foto de Jamal Awad/Flash90
O impasse entre a organização terrorista Hamas e Israel em relação à libertação de prisioneiros terroristas Palestinos parece ter sido resolvido depois que ambos os lados anunciaram na terça-feira que uma solução havia sido alcançada.
Na manhã de quarta-feira, a mídia Israelense informou que uma solução para a questão havia sido alcançada, citando fontes do Hamas que anunciaram que quatro corpos de reféns seriam libertados na quinta-feira sob coordenação e supervisão Egípcia.
O Hamas anunciou que havia chegado ao acordo após uma visita de sua delegação ao Cairo, no Egito.
Em um comunicado, o grupo disse: “Chegou-se também a um acordo para resolver o problema do atraso na libertação dos prisioneiros Palestinos, que deveriam ser libertados no último lote, para que eles fossem libertados simultaneamente com os corpos dos prisioneiros Israelenses que foram acordados para serem entregues durante a primeira fase, além das mulheres e crianças Palestinas correspondentes”.
Uma autoridade Israelense, falando sob condição de anonimato, pois não estava autorizada a falar com a mídia, confirmou com a Associated Press que um acordo havia sido alcançado, mas não forneceu detalhes adicionais.
O Ynet News informou que a transferência dos restos mortais dos reféns seria realizada sem qualquer cerimônia. O Hamas passará os restos mortais para o Egito, que os entregará à Cruz Vermelha para serem transportados para Israel depois que a libertação dos prisioneiros Palestinos for garantida.
A Quds News Network, afiliada ao Hamas, informou: “A troca ocorrerá simultaneamente entre ‘a ocupação’ [Israel] e a resistência Palestina [Hamas], com o Egito supervisionando a coordenação para garantir que Israel cumpra com a libertação dos prisioneiros Palestinos”.
Enquanto isso, continuam as conversas sobre uma possível extensão da primeira fase do cessar-fogo, ou o início de sua segunda fase.
Na terça-feira, Steve Witkoff, enviado especial do Presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, disse que Israel está enviando uma delegação para discutir a fase 2 do acordo de cessar-fogo, acrescentando que ele poderia participar das negociações no domingo, “se tudo correr bem”.
“Estamos fazendo muito progresso. Israel está enviando uma equipe neste exato momento”, disse Witkoff em um evento em Washington, na terça-feira, para o Comitê Judaico Americano.
“A equipe estará em Doha ou no Cairo, onde as negociações recomeçarão com os Egípcios e os Qatarianos”, acrescentou.
Witkoff se reuniu com o Ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, que é considerado o conselheiro de maior confiança do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu. Foi a segunda reunião em 48 horas, para discutir o acordo de reféns e cessar-fogo, já que os EUA e Israel têm tentado coordenar suas posições.
Tanto Netanyahu quanto Witkoff falaram recentemente sobre seu desejo de estender a primeira fase do acordo, na esperança de obter a libertação de mais reféns de Gaza.
Em sua declaração de terça-feira, o Hamas reafirmou sua posição de que “todas as disposições e etapas” do acordo devem ser mantidas para garantir a libertação dos reféns Israelenses restantes.
"A delegação da liderança do Hamas, chefiada pelo Dr. Khalil al-Hayya, concluiu sua visita ao Cairo, onde se reuniu com autoridades Egípcias. Eles discutiram a implementação do acordo de cessar-fogo, o acordo de troca de prisioneiros e as perspectivas para as negociações da segunda fase”, disse o comunicado.
“A delegação da liderança do movimento enfatizou sua posição clara sobre a necessidade de compromisso total e preciso com todas as suas disposições e etapas.”
A passagem para a segunda fase apresenta um problema aparentemente intransponível, pois isso exige que tanto o Hamas quanto Israel façam concessões em pontos que nenhum dos dois está disposto a conceder.
Netanyahu tem reiterado com frequência que Israel destruirá o Hamas e impedirá que ele represente novamente uma ameaça a Israel, enquanto o grupo terrorista tem rejeitado consistentemente qualquer sugestão de que renunciaria de bom grado ao controle da Faixa de Gaza ou abandonaria sua resistência armada.
