Membros das Brigadas Al-Qassam entregam reféns Israelenses à Cruz Vermelha, como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em Rafah, em 22 de fevereiro de 2025. (Foto: Abed Rahim Khatib/Flash90)
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse ao âncora da Rede ABC, Matt Gutman, na terça-feira, que a organização terrorista Hamas busca “adotar o ‘modelo do Hezbollah’ e deixar que outra pessoa cuide das ruínas que eles deixaram na Faixa de Gaza”.
Sa'ar estava se referindo ao grupo terrorista Hezbollah no Líbano, que recentemente afirmou estar disposto a renunciar à influência política enquanto mantém seu poder militar.
O Hamas sugeriu recentemente que poderia aceitar que a Autoridade Palestina (AP) assumisse o controle político de Gaza após a guerra. No entanto, o ministro das Relações Exteriores de Israel advertiu que o Hamas ainda “quer continuar a ser a força militar mais poderosa na Faixa de Gaza para continuar a guerra contra Israel”.
“E você está dizendo que isso é algo que Israel não aceitará?” perguntou Gutman a Sa'ar.
“Não, isso é totalmente inaceitável”, respondeu ele. “Porque, para nós, não poderemos garantir nossa segurança sem esse desarmamento da Faixa de Gaza, do Hamas e da Jihad Islâmica.”
“Se eles estiverem prontos para se desarmar”, continuou Sa'ar, “isso seria uma grande coisa que poderia mudar toda a situação.”
Até o momento, porém, o Hamas se recusou a se desarmar, prometendo continuar a “resistência” contra Israel.
No mês passado, o enviado especial adjunto dos EUA para o Oriente Médio, Morgan Ortagus, exigiu que o Hezbollah fosse excluído do novo governo Libanês.
“Estabelecemos linhas vermelhas claras nos Estados Unidos para que [o Hezbollah] não seja capaz de aterrorizar o povo Libanês, e isso inclui fazer parte do governo”, disse Ortagus ao Presidente Libanês Joseph Aoun em uma reunião.
Enquanto o Hezbollah foi militar e politicamente enfraquecido, seus representantes acabaram sendo incluídos no novo governo.
O cessar-fogo no Líbano exige a retirada das forças Israelenses do sul do Líbano e a realocação das forças do Hezbollah ao norte do Rio Litani.
O exército Libanês tem uma presença parcial no sul do Líbano, mas é amplamente considerado fraco e ineficaz em comparação com o Hezbollah, que é militarmente dominante.
Além disso, o Hezbollah se infiltrou no governo e nas forças armadas Libanesas.
As Forças de Defesa de Israel se retiraram em grande parte do sul do Líbano, mas continuam a manter cinco pontos estratégicos no território Libanês para proteger as comunidades Israelenses próximas à fronteira.
Apesar dos frágeis cessar-fogos com o Hezbollah e o Hamas, as IDF recentemente atacaram ameaças terroristas no Líbano, em Gaza, na Síria, na Judeia e em Samaria, avaliando-as como riscos imediatos à segurança nacional.
Segundo informações, o Hamas e Israel estão se preparando para retomar os combates, já que não se espera que a atual trégua em Gaza dure.
O Hamas e o Hezbollah são apoiados financeira e militarmente pelo regime dos aiatolás Iranianos em Teerã, que clama abertamente pela destruição de Israel.