A Holanda se torna o primeiro país da UE a votar pela eliminação gradual da ajuda à UNRWA devido a ligações com o terrorismo
Enquanto a Noruega anunciou no mês passado que pretende aumentar sua ajuda financeira para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em Gaza, a Holanda votou na semana passada para reduzir gradualmente seu apoio financeiro à organização, citando suas ligações com o terrorismo.
A emenda orçamentária fará com que o Estado Holandês corte a ajuda à UNRWA progressivamente nos próximos quatro anos.
A emenda orçamentária, aprovada por uma votação de 88 a 49 no parlamento Holandês, reduzirá gradualmente a ajuda à UNRWA nos próximos quatro anos. A decisão agora aguarda a aprovação do Senado Holandês.
“A UNRWA, como organização, tem sido desacreditada por repetidas violações de neutralidade e por alguns de seus funcionários que glorificaram a violência em grupos do telegram”, afirma a emenda orçamentária. “Além disso, houve sérias alegações contra funcionários que participaram do massacre de 7 de outubro [de 2023] ou das organizações terroristas Hamas e Hezbollah.”
A Holanda é o primeiro país da União Europeia a começar a eliminar gradualmente seu apoio financeiro à UNRWA. Após revelações de que os funcionários da UNRWA eram membros do grupo terrorista Hamas e participaram da invasão e do massacre de 7 de outubro do ano passado, os principais doadores Ocidentais da UNRWA, liderados pelos EUA e pela Alemanha, inicialmente suspenderam o financiamento. Entretanto, todos voltaram a financiar a UNRWA, com exceção dos Estados Unidos.
O Membro do Parlamento Holandês, Chris Stoffer, que co-patrocinou a legislação, disse que a Holanda não mais participaria do fomento ao terrorismo.
“Nossa ajuda às vezes alimentou o terrorismo em vez de ajudar os civis”, disse Stoffer ao Jewish News Syndicate. “Embora continuemos comprometidos com o fornecimento de ajuda, o papel da UNRWA na radicalização das gerações futuras é horrível”.
Além disso, ele disse ao Jerusalem Post: “Juntamente com Joost Eerdmans, propus uma emenda para reduzir o financiamento da UNRWA nos próximos anos. A ajuda Holandesa deve ser destinada a pessoas necessitadas, mas não podemos apoiar organizações que tenham funcionários ligados a organizações terroristas ou que tenham participado dos ataques de 7 de outubro de 2023”.
“Também temos nos manifestado consistentemente contra o antissemitismo nos livros didáticos usados pela UNRWA. Os recursos dessa emenda serão usados para financiar outras organizações que prestam ajuda humanitária a civis Palestinos inocentes. Sou grato pelo fato de a maioria da Câmara dos Deputados da Holanda ter apoiado nossa emenda em uma votação de 88 a 49.”
A senadora da Holanda Annabel Nanninga compartilhou esse sentimento.
“Até agora, o governo Holandês tem hesitado em cortar o financiamento da UNRWA, mas nossa emenda retificará isso”, disse ela. “A Holanda não pode continuar apoiando uma organização acusada por nosso aliado Israel de ter ligações com o Hamas, especialmente sem evidências claras para rejeitar essas acusações. Nossa ajuda humanitária nunca deve acabar alimentando o terrorismo.”
Geert Wilders, presidente do Partido da Liberdade (PVV), o maior partido no parlamento Holandês e um antigo e firme apoiador de Israel, recebeu a notícia com entusiasmo.
“Notícias fantásticas!”, ele tuitou. “A Holanda está eliminando gradualmente sua contribuição para a UNRWA”.
A emenda aprovada foi uma versão diluída de propostas anteriores que pediam para cortar o financiamento da UNRWA pela metade ou mais no próximo ano. Em 2024, a Holanda deu à UNRWA 19 milhões de euros (quase 20 milhões de dólares), que cairão para 15 milhões de euros (15,7 milhões de dólares) em 2025, caindo para 1 milhão de euros (mais de 1 milhão de dólares) em 2029.
A Suíça foi a única nação europeia a votar a favor da suspensão imediata da ajuda à UNRWA. A decisão da Câmara dos Deputados da Suíça ainda precisa ser aprovada pelo Senado Suíço.
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